Dependência química e os tratamentos mais indicados

Dependência química e os tratamentos mais indicados

Para a constatação do diagnóstico de dependência química na família, o serviço conta com a aplicação do CAGE familiar (Frank et al., 1992) como instrumento de triagem, guias de encaminhamento de serviços de saúde mental e em caso de dúvidas, visitas domiciliares. Em relação ao serviço, o assistido passa por uma avaliação clínica, social e familiar inicial, para posteriormente ser encaminhado para psicodiagnóstico. Após o resultado do psicodiagnóstico, o assistido é encaminhado para acompanhamento psicológico individual ou grupal (de acordo com sua faixa etária); acompanhamento social e médico (pediátrico e/ou psiquiátrico). Dirigido aos familiares, foi criado o grupo de cuidadores, que é um grupo aberto para qualquer responsável pelo menor, não sendo exclusivo para pais e mães. Dessa maneira, este estudo tem como objetivos descrever as consequênciasda dependência química no âmbito familiar e identificar as dificuldades enfrentadaspela família durante o tratamento do dependente químico, tendo por base aprodução científica nacional produzida. Para começar, vamos passar algumas dicas de ações iniciais de educação de dependentes químicos para o caso de um filho usuário de drogas, álcool e/ou cigarro.

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O consumo a longo prazo é associado a mais de 200 problemas de saúde e ainda é fator de risco relevante para violência e acidentes rodoviários. Para alertar e conscientizar a população, foi instituído o Dia Nacional de Combate às Drogas clínica de recuperação de dependentes químicos e ao Alcoolismo, celebrado em todo o país no dia 20 de fevereiro. A Rede Ebserh conta com hospitais universitários que oferecem atendimento especializado e 100% gratuito pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para dependência química.

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A genética diz respeito sobre como um organismo metaboliza o uso de uma determinada substância e o potencial dela causar uma dependência no futuro. Já segundo o Relatório Mundial sobre Drogas do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), divulgado a cada década, estima-se que cerca de 284 milhões de pessoas no mundo, entre 15 e 64 anos, a maioria homens, usaram alguma droga em 2020. Isso é aproximadamente o equivalente a 1 a cada 18 pessoas nessa faixa etária e representa um aumento de 26% em relação a 2010, ano em que o número estimado de pessoas que usaram drogas foi de 226 milhões. O risco aumenta a partir dos 26 anos, sobretudo em função da grande frequência de festas com os amigos, da necessidade de reforço da masculinidade, além do consumo de drogas como automedicação para ansiedade ou depressão.

Quanto tempo dura o tratamento de dependentes químicos?

Nesse caso, os entorpecentes passam a ser um refúgio do adicto na busca por sensações de bem-estar e, consequentemente, alívio de sentimentos ruins, como ansiedade e medo. E se você se pergunta como pode ajudar um dependente químico, também terá essa resposta a partir de agora. A famíliae o usuário vivenciam situações de tensão e conflitos, porém não verbalizam osseus sentimentos e pensamentos em relação a tal problemática. Nossa abordagem combina Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), por meio de tratamentos tradicionais com psiquiatras, psicólogos e psicanalistas, e terapias complementares que comprovadamente auxiliam nos resultados do tratamento. Faz-se necessário elucidar que “ter dó” é semelhante a desacreditar na capacidade de desenvolvimento e melhora dos filhos, principalmente, quando não os permite aprender a lidar com dificuldades e desafios da vida. O Tua Saúde é um espaço informativo, de divulgação e educação sobre temas relacionados com saúde, nutrição e bem-estar.

Alguns distúrbios de saúde mental, como TDAH ou transtorno afetivo bipolar, também têm um maior risco de desenvolver um transtorno por uso de substâncias na idade adulta. Consultas para entender a motivação do paciente em realizar o tratamento também são realizadas com o auxílio de psicólogos e psiquiatras, que explicam quais os benefícios que o dependente químico alcançará ao interromper o uso de substâncias. “Alcoolismo não é uma escolha, é uma doença, ocorre em cerca de 10% da população adulta e é uma enfermidade heterogênea, sendo importante identificar a causa”, afirmou. A depender do organismo de cada pessoa e também da substância utilizada, é possível perceber os sintomas que surgem com o cessar do uso, que vão desde ansiedade, depressão, nervosismo e fadiga até náuseas e vômitos, sudorese, dores no corpo, alucinações e convulsões.

Quais são as consequências da dependência química?

De acordo com o relatório da UNODC — United Nations Office on Drugs and Crime — aproximadamente 200 milhões de pessoas usam drogas ilícitas, o que corresponde a 4,8% da população adulta do planeta. Consequentemente, o seu comportamento se altera, o que pode causar muitas mudanças negativas em sua rotina e também na das pessoas a seu redor. A longo prazo, a dependência química pode ser fatal ou favorecer o surgimento de diversas sequelas. As atividades físicas são partefundamental do tratamento, tanto para a saúde física quanto mental de uma pessoa.Muitas pessoas já conhecem os benefícios dos exercícios como a liberação de endorfina,hormônio responsável pelo bem-estar. A pessoa com dependência químicasente que precisa usar a droga sempre mais, para obter os mesmos efeitos.

É importante sinalizar que internação não é sinônimo de tratamento de dependência química. Há casos que necessitam de internação direta e há casos que não necessitam de internação e sim de tratamento ambulatorial. Vale lembrar que reconhecer os sintomas de dependência química é fundamental, mas não pode ser o único passo, e sim o primeiro. Há casos em que o dependente químico se desfaz dos próprios bens, se endivida, vende objetos próprios e até de outras pessoas à sua volta. A dependência química é uma doença e deve ser tratada como tal, principalmente para evitar uma possível recaída. Para isso, psicólogos e psiquiatras aplicam técnicas cognitivas e comportamentais são para auxiliar na manutenção da mudança.

As substâncias envolvidas são membros das 10 classes de fármacos que normalmente causam transtornos relacionados a substâncias. De acordo com os resultados obtidos a partir do ALCESTE, observa-se, na distribuição das classes mostrada na figura 1, a existência de dois eixos, formados pelas quatro classes. Este eixo mostra as implicações que a dependência química traz para os familiares e para os usuários. Pode-se observar tanto o impacto e a sobrecarga que a doença provoca nesses membros, quanto as consequências da dependência química para o próprio dependente químico, envolvendo aspectos orgânicos, psicológicos e sociais. É muito comum a família apresentar problemas econômicos derivados degastos efetuados pelo dependente químico, tais como dívidas em bares, alto gastocom tratamento médico, inclusive com situações críticas, como falência deempresas pertencentes à pessoa doente ou da família.

Para Maciel (2008), toda a sociedade sofre com as questões que envolvem o uso abusivo das drogas, especialmente os dependentes e seus familiares, pois sofrem perdas e prejuízos em sua saúde física, mental e social. Os familiares, especificamente, sofrem por terem um laço afetivo muito forte e por serem vistos como corresponsáveis pela formação dos filhos, estando diretamente atrelados ao seu desenvolvimento saudável ou doentio. De acordo com Aragão, Milagres e Figlie (2009), a convivência dos familiares com o usuário de drogas é uma via de mão dupla, que é afetada na medida em que a dependência química evolui e se desenvolve. Crianças geralmente são vítimas indiretas das agressões físicas que ocorrem no lar, seja no âmbito físico e/ou emocional. Nesse contexto, muitos autores têm recomendado que médicos e profissionais da saúde possam investigar em sua rotina clínica a questão da violência doméstica (Thompson e Krugman, 2001).

Neste sentido, a pesquisa de Campos (2004) conclui que há uma dupla vertente das consequências da dependência química para o usuário. Por um lado, encontra-se a vertente dos efeitos físicos, representada pelo enfraquecimento e deterioração do organismo e a consequente hospitalização. Concomitantemente, constatam-se as consequências de efeito moral, que são visíveis na forma como esse enfraquecimento repercute sobre a totalidade da pessoa, fazendo brotar a irresponsabilidade nos territórios por excelência da responsabilidade, notadamente na família. Devido à relação simbiótica com a droga, marcada por perdas e destruições, esta questão atinge não apenas o dependente, mas todos que, direta ou indiretamente, têm relações com ele.

Elas podem ser medicamentos (como ansiolíticos e anticolinérgicos), repositores hormonais (como os esteroides e anabolizantes), substâncias lícitas (como tabaco e álcool) e ilícitas de natureza estimulante (cocaína, crack, anfetaminas), opioide (heroína) e alucinógena (como MD, LSD e ecstasy). Nesse caso, a família assume o papel de criadora de possibilidades de saúdepara seus membros e oferece um cenário para transformações ou resoluções deproblemas. Pode-se fazer uma reunião familiar, a partir da qual os pais apontarão os problemas existentes e dirão com autoridade que querem a colaboração dos filhos. E que o não cumprimento das regras trará consequências e perdas desagradáveis para os filhos. É muito comum esses filhos não auxiliarem nas atividades rotineiras da casa e nem financeiramente. Portanto, o primeiro passo é os pais exigirem que eles colaborem com o dia a dia doméstico, pois, além de ser justo para com todos da família, constrói indivíduos responsáveis e colaborativos.