Isso obriga o estudante a “correr atrás”, pesquisando por conta própria e buscando soluções e argumentos. O pensamento crítico também é fundamental para o desenvolvimento de cidadãos mais conscientes. Em determinadas atividades, ele vai avaliar as soluções propostas pelos colegas, apontando falhas e propondo alternativas.
Como começo a introduzir esse conceito em sala de aula?
Por outro lado, o discente deve se empenhar mais para conseguir desenvolver as habilidades e absorver os assuntos. As escolas devem acompanhar esse movimento, já que os discentes têm acesso a um grande número de informações. Vale ressaltar também que, apesar da facilidade de acesso à informação, em muitos casos, o aluno não sabe o que fazer com ela. Com o surgimento da burguesia, as escolas passaram a ser um ambiente de aquisição de conhecimentos mais abrangentes, reflexivos e filosóficos. Nesse período, o espaço de ensino era ocupado, em grande parte, por pessoas de famílias ricas. Levar os estudantes a atuarem em ações sociais ou ambientais não só faz com que eles se sintam parte integral de sua comunidade, mas também ensina a importância do cuidado coletivo e da responsabilidade social.
Desenvolvimento de responsabilidade e autonomia
Veja algumas frases do BNCC entrega frases sobre o aluno protagonista ao longo das suas páginas. São verdadeiras lições de vida em forma de incentivos para a independência do aluno na busca pela aprendizagem. Quem trabalha com o ensino médio, com certeza já ouviu a frase “eu não vou usar isso pra nada”, não é mesmo?
Muitas escolas já perceberam isso e estão se readequando para atuar como locais de produção e significação de conhecimento para o aluno. A escola já não é mais vista como o único local em que se pode adquirir conhecimento. O professor também já não é visto como a única fonte de informação predominante. A biblioteca já não é mais o único centro de acesso à cultura e precisa reinventar-se para continuar tendo relevância. O formato padrão de educação, que esteve vigente por muitos anos na maioria das escolas do mundo, teve suas origens na Idade Média.
No formato de ensino que vem da Idade Média, o professor era a pessoa detentora de respostas prontas para as dúvidas dos alunos. O processo educacional era todo centralizado em torno do professor e não proporcionava nenhum tipo de atitude autônoma por parte dos alunos. O papel do profissional da educação passa a ser o de incentivador e orientador, cativando os alunos nessa busca pelo conhecimento. Nesse sentido, para descrever o papel do professor, tem-se utilizado o termo mediador no processo de ensino e aprendizagem.
Desenvolvimento de Projetos de Pesquisa
É crucial que as avaliações sejam contínuas e que o feedback seja construtivo para a formação integral dos estudantes. As metodologias ativas, como o aprendizado baseado em projetos e a sala de aula invertida e uso da tecnologia em aula são fundamentais para incentivar o protagonismo do aluno. Nas metodologias ativas de ensino, o aluno é o protagonista, ele é posto no centro do processo, e, com auxílio do professor mediador, desenvolve habilidades e competências deixando de ser um mero espectador. Os alunos interagem, trocam conhecimentos e experiências com intervenções pontuais do professor.
Ouvir o estudante, entendendo seus interesses, opiniões e desejos não é o suficiente para a construção de um aluno protagonista. É preciso levar em consideração todos esses aspectos durante as tomadas de decisões da escola. Pensando nisso, fuja de respostas padronizadas e de um ensino predominantemente graduação ead expositivo.
Esse senso de responsabilidade é crucial para o desenvolvimento de adultos confiáveis e comprometidos. O pensamento crítico, científico e criativo é fundamental para formar um cidadão consciente. Além de saber aceitar outras visões, propõe soluções aos colegas, aponta falhas e propõe alternativas. O aluno protagonista é o estudante que reconhece que seu sucesso e seu aprendizado dependem apenas de si mesmo. Portanto, ele tem autonomia, comprometimento e curiosidade para construir o seu conhecimento. Trabalhar com o protagonismo é essencial para tornar o desenvolvimento das crianças mais completo e permitir que desenvolvam habilidades e competências relevantes que farão a diferença na sua vida como um todo.
Professores que oferecem retornos construtivos e contínuos encorajam seus alunos à autoavaliação e à autoreflexão. Confira na galeria abaixo mais fotos de atividades em que o aluno participa ativamente do aprendizado. O resultado prático dessa aprendizagem é reunido em um grande evento de final de ano.
Hoje se entende que a ele não cabe mais o papel de coadjuvante em sala de aula. Por muitos anos, estudiosos da educação buscaram desenvolver novas metodologias que pudessem fortalecer o desenvolvimento da cidadania. A imersão em uma sociedade tecnológica fez com que o ensino do passado se tornasse, de uma vez por todas, obsoleto e impraticável. Pessoas acostumadas a fazer apenas o que foi mandado podem ter dificuldade em ter autonomia no ambiente profissional.
Uma estratégia poderosa para promover o protagonismo é a implementação de projetos interdisciplinares. Sem dúvida uma das metodologias mais cativantes, se não a mais cativante, de todas. Nesse processo, o aluno acaba produzindo conhecimento de maneira mais autônoma.
Parte do desafio das escolas está em motivar os alunos a participarem das aulas. Assim como os adultos, crianças e jovens passam muito tempo utilizando a internet para acessar redes sociais. Aliar a tecnologia com o ensino é um ponto-chave para aumentar a motivação dos alunos. A seguir, são listadas boas práticas que escolas e profissionais de educação devem adotar para implementar a visão de aluno protagonista.