EUA e Brasil: americanos já enviaram porta-aviões para interferir na política brasileira BBC News Brasil


Essa política encontrou resistência no Congresso e no Judiciário, que buscavam restaurar os princípios do Estatuto. Em 2003, após grande mobilização social e apoio da mídia, foi aprovado o Estatuto do Desarmamento, que impôs exigências rigorosas para posse e porte de armas, proibiu sua publicidade e transformou a posse ilegal em crime. Nos Estados Unidos, o porte de armas ganhou status constitucional, refletindo uma cultura baseada na autodefesa e liberdade individual. Ícones do cinema como Clint Eastwood e filmes como “Os Sete Samurais” (1954) moldaram o imaginário popular sobre as armas. Elas moldaram os resultados de batalhas e guerras, determinaram o destino de nações e influenciaram o curso da história. Por exemplo, a invenção das armas de fogo ajudou a impulsionar a expansão europeia durante a Era dos Descobrimentos, enquanto a ameaça de armas nucleares moldou a Guerra Fria entre os Estados Unidos e a União Soviética.

Com seu poder transformador, elas moldaram impérios, influenciaram culturas e continuam, até hoje, a desempenhar um papel central no mundo contemporâneo. Conflitos armados como Canudos e o Contestado demonstraram que civis organizados dispunham de poder bélico suficiente para resistir ao Exército. Se você tiver alguma dúvida ou preocupação sobre este disclaimer ou o uso do site Lucidarium, entre em contato conosco através dos canais de contato fornecidos no site.

Novos materiais e tecnologias possibilitaram o surgimento de armas mais confiáveis, duráveis e eficientes. A Revolução Industrial trouxe avanços significativos na fabricação de armas de fogo. A introdução de máquinas e processos de fabricação em massa permitiu a produção em larga escala de armas de fogo mais precisas, confiáveis e acessíveis. Surgiram novos modelos de rifles, revólveres, pistolas e metralhadoras, alimentados por cartuchos metálicos e carregados por ação de ferrolho, tambor ou cilindro. Nesse período, também surgiram as primeiras tentativas de melhorar a precisão das armas de fogo.

  • Intensificou-se o Movimento Sindical na região do ABC, pólo metalúrgico do estado de São Paulo, que projetou Luís Inácio “Lula” da Silva para a vida pública.
  • Somavam-se a isso a forte recessão econômica e o crescimento da inflação, que já alcançava taxas anuais de 50% em 1962 (BETHELL, 2018).
  • As guerras muitas vezes resultam em mudanças significativas nas fronteiras, na política e na economia de um país.
  • Entre os temas mais relevantes da História Militar, podemos destacar a evolução das tecnologias bélicas, as táticas de combate, a logística militar e o impacto das guerras na sociedade civil.
  • Tal rede funcionava com um alto grau de autonomia, desconhecia limites geográficos e legais e ignorava a hierarquia militar por se reportarem diretamente aos oficiais das mais altas patentes no comando das Forças Armadas.

A pólvora e o poder: como as armas de fogo transformaram a história

É importante que a sociedade debata essas questões e estabeleça limites para garantir um uso responsável das armas no futuro. Pelas tratativas, ele seria o encarregado de conseguir armas, munições e combustível do lado brasileiro. Para a socióloga e cientista política Mayra Goulart, professora na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), historicamente há uma convergência ideológica entre as elites antipopulares brasileiras e latino-americanas e os governos dos Estados Unidos. Ela contextualiza que os militares brasileiros “eram aliados tradicionais dos Estados Unidos”, e esse alinhamento era uma herança das “experiências de guerra” — na Segunda Guerra Mundial, os pracinhas do Brasil lutaram ao lado dos americanos. No entendimento dos americanos, os militares brasileiros eram a única força nacional capaz de deter essa ameaça da esquerda. De acordo com o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) (2023), ocorreram modificações importantes em relação às armas permitidas.

A História das Armas no Contexto Militar e Civil

No final da década de 1970, em meio à crise econômica, o Brasil viveu o ressurgimento da sociedade civil. Intensificou-se o Movimento Sindical na região do ABC, pólo metalúrgico do estado de São Paulo, que projetou Luís Inácio “Lula” da Silva para a vida pública. A Igreja, as organizações estudantis e as organizações profissionais, como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), e a Sociedade Brasileira para Progresso da Ciência (SBPC), ganhavam destaque na oposição à ditadura. O bipartidarismo foi abolido e as forças partidárias civis, tanto à direita quanto à esquerda no espectro político, foram reconstruídas. Com o regime já bastante desmoralizado, em 1981, aconteceu o atentado terrorista do Riocentro, no qual foi evidenciado a participação de grupos militares contra a liberalização política, aumentando as pressões para os militares deixarem o poder. O governo dos Estados Unidos da América (EUA) acompanhou a situação política brasileira por meio de seu embaixador Lincoln Gordon e o adido militar Vernon Walters.

O cientista político Márcio Coimbra, ex-diretor da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), vê ambos cenários como reflexo do “interesse estratégico constante” dos Estados Unidos sobre o Brasil. “São os Estados Unidos atuando no papel de potência hemisférica e, com isso, manifestando ingerência nos países que eles entendem como de sua área de influência”, afirma ela. Para o historiador Vitor Soares, o apoio dos Estados Unidos ao golpe não foi só comprar arma de fogo ideológico ou diplomático, mas logístico, militar e direto. O plano situava o Brasil em “um processo de desestabilização em função do governo de Goulart, avaliado como problemático do ponto de vista administrativo”, detalha o historiador.

Mergulhar na história das armas de fogo nos permite apreciar as armas e as sociedades e inventores que as trouxeram à vida. À medida que a tecnologia de armas se espalhava para o Oriente Médio e Europa, inventores de todo o mundo começaram a refinar seus projetos. No século XIV, canhões portáteis se desenvolveram na Europa, e o século XVI testemunhou a introdução de mecanismos de fecho de mecha e, mais tarde, de pederneira, aumentando sua confiabilidade.

Neste artigo especial da loja Alvo Certo, de Arcos (MG), entenda como o armamento moldou a história do Brasil, da Colônia ao Estatuto do Desarmamento, e por que ainda é tema de debate nacional. Mas junto à tecnologia, emergem também debates éticos sobre regulação, segurança e os limites do uso civil e militar dessas ferramentas. A loja Casa do Pescador e Militar, de Taguatinga (DF), ressalta que, ao longo do tempo, as armas deixaram os campos de batalha para se tornarem símbolos culturais. Filmes, livros e obras de arte passaram a representar o armamento como instrumento de poder, resistência ou tragédia. A arquebus consolidou-se como o primeiro modelo eficaz de arma de fogo individual, combinando pólvora, projétil e um sistema de ignição.

Desde os primórdios, quando nossos ancestrais usavam pedras e paus como armas, até os dias de hoje, com a sofisticada tecnologia dos drones, as armas têm desempenhado um papel crucial nas batalhas e conflitos. Segundo Brandão e Capecchi (2019), o artigo 21 foi declarado inconstitucional, privando de liberdade temporária as pessoas acusadas de posse ilegal ou de uso restrito de armas, comércio ilegal de armas e tráfico ilegal de armas de fogo. O STF entendeu que viola os princípios do devido processo legal, presunção de inocência, contraditório e ampla defesa. O artigo 35 que versava sobre o referendo a respeito do comércio de armas de fogo perdeu o objeto porque o referendo já havia ocorrido no dia 23 de outubro de 2005, onde a maior parte das pessoas votaram a favor do comércio de armas. Entre os muitos debates sobre o tema, é imprescindível discutir outro aspecto do Estatuto do Desarmamento, que é a sua constitucionalidade. Muitos pontos foram discutidos desde que a norma entrou em vigor, e em 2007 a ADI 3112 foi emitida pelo Partido Trabalhista Brasileiro.

Tropas como os Janízaros otomanos demonstraram o poder dessa arma em estratégias combinadas de artilharia e infantaria. O uso disciplinado de armas de fogo portáteis mudou a lógica dos exércitos e diminuiu o papel dominante da cavalaria. A expansão do Império Mongol foi determinante para que a pólvora chegasse ao mundo islâmico e, depois, à Europa. Em 1260, os mamelucos usaram canhões contra os mongóis em Ain Jalut — um dos primeiros registros de armas de fogo em batalha. Desde os primeiros experimentos com pólvora no Oriente até os armamentos de alta tecnologia dos dias atuais, as armas de fogo acompanharam a trajetória humana, redefinindo o modo como povos enfrentam conflitos, estabelecem fronteiras e projetam poder.

A Evolução das Armas e a Arte da Guerra

Dentre outras razões, há fortes indícios de que a adoção pela campanha de desarmamento no Brasil tenha relação com a intenção do governo brasileiro em ocupar uma cadeira permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas. Por fim, não se pode discutir a relevância das armas sem abordar a necessidade de sua aquisição responsável. O acesso a armas de qualidade sempre foi um fator determinante em conflitos, seja para exércitos organizados ou forças de resistência. Enquanto rifles e pistolas dominam o imaginário popular, espingardas de menor calibre desempenham um papel crucial em conflitos localizados. Essas armas, muitas vezes subestimadas, foram amplamente utilizadas em combates urbanos, patrulhas e defesa de território. Mais do que listar armas, este texto é uma tentativa de compreender o impacto dessas ferramentas na evolução militar.

A pólvora chega ao Ocidente

Neste modelo de governo, é a soberania popular que dá aos legisladores a legitimidade para instituir o corpo legislativo, a constituição, que orientará as ações dos cidadãos e dos funcionários públicos. No Brasil, o Estado Democrático de Direito é previsto no art. 1º da Constituição de 1988, partindo da premissa de que todo poder provém do povo. Assim, Leite (2018, p. 68), preleciona que “no Estado democrático de direito as leis são criadas pelo povo e para o povo, pelo que se respeita a dignidade da pessoa humana”. Em todo o mundo, muitas nações adoptaram conceitos fundamentais como o Estado Democrático de Direito e a soberania popular na sua teoria política e sistema jurídico. Estes conceitos servem como pilares críticos para criar sociedades funcionais, justas e democráticas.